segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fundação promove pesquisa e desenvolve projetos em defesa de boas condições de trabalho

Chão de fábrica, produção em série, máquinas trabalhando sem parar. A combinação – típica de mercado aquecido – parece perfeita, exceto pelo fato de que muitas máquinas ainda representam risco ao trabalhador. Mudar as condições de trabalho não é uma tarefa fácil, no entanto, esta é umas das atribuições da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), do Ministério do Trabalho e Emprego. Projetos têm sido elaborados a fim de evitar acidentes, o que inclui também outros segmentos além dos relacionados a instalações e áreas de trabalho. “A segurança e a saúde no trabalho são pontos primordiais para a Fundacentro. Quanto mais o trabalhador viver na plenitude de sua saúde, mais e melhor vai produzir para a empresa”, diz o presidente da entidade, Jurandir Bóia Rocha.

A história da Fundacentro pode ser contada a partir do início da década de 1960, quando a preocupação com os altos índices de acidentes e doenças do trabalho crescia no governo, e o Brasil iniciou gestão com a organização internacional do trabalho (OIT) com a finalidade de promover estudos e avaliações do problema e apontar soluções que pudessem alterar esse quadro. Durante o Congresso Americano de Medicina do Trabalho, realizado em são Paulo, em março de 1964, foi apresentada uma proposta para criar uma instituição voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho. A oficialização da Fundacentro – cuja primeira sede foi instalada no bairro paulistano de Perdizes – aconteceu em 1966, durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes. Em 1974, a Fundacentro foi vinculada ao então Ministério do trabalho. Com isso, cresceram as atribuições e atividades da instituição, o que exigiu a implantação do centro técnico nacional. Atualmente, a Fundacentro está presente em todo o País por meio de suas unidades descentralizadas, distribuídas em 11 estados e no Distrito Federal.

“O principal projeto que temos é na área de proteção de máquinas. Tem outro, mais teórico, que discute o sistema de gestão, políticas públicas e formas de estímulo para que as empresas adotem práticas de trabalho mais seguras. O terceiro é o de equipamento de segurança, no qual fazemos os ensaios, avaliações e controle de qualidade dos equipamentos de segurança de proteção individual”, relata o engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho da Fundacentro, Leônidas Ramos Pandaggis.

Para que um equipamento de segurança seja comercializado, é preciso que o fabricante obtenha laudo da Fundacentro, emitido após testes de normas nacionais ou internacionais. “Para os que são reprovados, o fabricante terá que mudar as características e tentar um outro processo”, explica o engenheiro.


Fonte: Silmara Cossolino, Revista Trabalho
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