terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Rio tem novo plano de contingência para tragédias naturais

O período de novembro a março é historicamente conhecido por haver maior risco de tragédias naturais no Rio, que em geral deixam vítimas em casos de alagamentos, deslizamentos de barreiras ou incêndios em áreas habitadas. A fim de agilizar a tomada de decisões e as ações de auxílio a vítimas, a Secretaria de estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) instituiu um plano de contingência para atender ao Plano de Proteção e Defesa Civil.

Com o novo modelo de atuação, a secretaria criou uma espécie de planejamento de ações que geralmente são feitas em tragédias deste tipo — como cadastro de aluguel social e demais programas, retirada de novos documentos e a definição do local para abrigar as vítimas, entre outras — e que agora serão implementadas imediatamente pelas defesas civis estadual e municipal caso haja chamadas de emergência. Anteriormente, todo o processo de acionar cada departamento responsável demandava um tempo maior, uma vez que os órgãos não estavam preparados para a grande quantidade de atendimentos realizado no período.

Para que a Secretaria de Assistência Social atue com a nova resolução, foi instituída a Coordenadoria Executiva, que irá servir de gabinete de gestão de crises. Nele foram estabelecidos coordenadores executivos, subsecretários e superintendentes de 19 pastas, responsáveis pelas áreas de articulação, gestão, transporte e logística, entre outras.

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, João Carlos Mariano, explica que o objetivo é “criar uma estrutura que amenize o sofrimento” das vítimas.

— Queremos fazer com que a população, que é a que mais sofre com essa questão, tenha um atendimento preparado e que, caso tenhamos que auxiliá-las, que elas consigam passar por esse drama de forma amenizada — explicou Mariano.

Com a assinatura da resolução nº 160, a secretaria passa a contar com previamente com uma estrutura que está pronta para dar apoio às comissões municipais de Defesa Civil e às secretarias municipais de Assistência Social. As atribuições passam a valer até março do próximo ano, podendo ter o prazo prorrogado em caso de necessidade ou de persistência de condições meteorológicas adversas.

— Faremos treinamentos com as prefeituras locais em todo o estado do Rio para que seja estabelecido um padrão no atendimento, para que todos os envolvidos saibam seu papel exato no momento em que a população precisar da nossa atuação — completou o secretário.

(O Globo)