sábado, 16 de fevereiro de 2013

Bairros com UPAs 24 horas têm melhoria no atendimento à população

Atendimento 24 horas por dia, todos os dias. Essa é a proposta das UPAs que têm por objetivo proporcionar um acolhimento de urgência e emergência mais próximo das pessoas. As UPAs 24 horas funcionam como unidade intermediária aos hospitais, colaborando para desafogar os prontos-socorros e melhorando o acesso da população aos serviços de emergência no SUS. Assim, o pronto-socorro fica liberado para atender casos mais graves. A UPA Vila Kennedy, no Rio de Janeiro, inaugurada há três anos é um bom exemplo disso. Segundo o coordenador médico da UPA, Hilton Marinho, cerca de 400 atendimentos médicos são realizados por dia, com uma equipe composta por quatro clínicos, dois pediatras e um dentista.

Marinho conta que logo que o paciente chega à unidade já passa pela classificação de risco com prioridade imediata de atendimento para casos graves. “Havendo a necessidade de realizar exame de sangue vai ser realizado, em cerca de uma hora e meia, duas horas, o exame está liberado. Havendo necessidade de ser medicado, vai ser medicado. Qualquer Raio-X, qualquer coisa do tipo vai ser realizado imediatamente, no mesmo momento já vai para o consultório médico com o Raio-X, o eletrocardiograma vem com laudo de um cardiologista, através da telemedicina, depois havendo a necessidade ele vai ficar internado na UPA ou não, pode ir com medicamento para casa, inclusive o antibiótico, se necessário”, explica o coordenador.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta que as UPAs resolvem 97% dos problemas dos pacientes, sem a necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar, reduzindo filas. “Quando nós intensificamos as ações do S.O.S. Emergências, integrando cada vez mais as UPAs 24 horas, porque nós começamos com as UPAs a montar uma rede onde a gente atende mais perto de onde a pessoa vive, mora ou trabalha, alivia ali o sofrimento. De cada cem pessoas que procuram a UPA 24 horas, apenas uma precisa procurar o hospital. Esse também é um dado que nós estamos encontrando muito parecido em todo o Brasil”, afirma o ministro.

Atualmente, já são 260 unidades em funcionamento no país. O Ministério da Saúde já liberou quase 740 milhões de reais para o programa.

Fonte: Hortência Guedes / Web Rádio Saúde