O presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira, cita algumas medidas importantes que podem diminuir a falta de médicos no país. “A longo prazo, eu acho que a gente tem que mudar a cultura da formação dos médicos e médicas no Brasil. Temos que alterar a forma como eles estudam e como são formados porque a gente tem que tentar criar, digamos culturalmente, médicos que estejam mais aptos a trabalhar nas periferias, nas cidades mais distantes. De médio prazo, é que se aumente o número de vagas para estudantes de medicina, que é uma medida que deve ser tomada a curto prazo, mas que vai surtir efeito médio prazo.”
O secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, afirmou que a pasta está atenta ao problema e já vem investindo em ações para melhorar o problema da falta de médicos. Uma das medidas adotadas, segundo ele, é o Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), que tem o objetivo de levar médicos às regiões mais pobres do Brasil. “Nós tivemos a ousadia de propor na Comissão Nacional de Residência, que os médicos brasileiros que passassem um ano na Atenção Básica, tinham direito a 10% de bônus no momento da realização da prova da residência como um maneira de valorizar a Atenção Básica. Nós propusemos uma forma de direcionar essa força de trabalho do recém formado para a Atenção Básica, para diminuir o drama e a dificuldade do município de contratar. No primeiro ano, foram da ordem de 380 médicos nesse programa, e nós já temos hoje no programa do Provab, cinco mil e 200 médicos inscritos para a edição de 2013, mostrando uma política acertada, no sentido de prover esse profissional em relação a Atenção Básica”.
Fonte: Amanda Mendes / Web Rádio Saúde
