A produção
de fármacos é considerada estratégica para o crescimento econômico do Brasil e,
em especial, do estado do Rio de Janeiro. Apesar disso,
os especialistas apontam uma série de dificuldades no setor, entre elas a capacitação
para desenvolvimento de novas formulações. “Por isso, os governos federal e
estadual vêm criando iniciativas voltadas para a instalação de novos
laboratórios com esse objetivo, no território nacional", explica o farmacêutico,
professor e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antonio
Carlos Carreira Freitas.
Ele dirige o Laboratório Universitário Rodolfo Albino (Lura), espaço
voltado para pesquisas e atividades práticas para os estudantes do curso
de Farmácia da universidade, que tem um aspecto ainda
mais importante: a ele está vinculada uma das iniciativas para alavancar o setor
farmacêutico no estado: o Laboratório de Desenvolvimento de Novas Formulações
(LDNF), projeto que conta com recursos do edital Apoio às
Instituições de Ensino e Pesquisa Sediadas,
da FAPERJ.
Fruto de uma parceria entre pesquisadores do Lura com o Instituto Vital Brasil (IVB), o LDNF foi criado há cerca de quatro meses nas dependências do Parque Tecnológico da Vida – incubadora de empresas de biotecnologia do IVB. Segundo seu coordenador, Carlos Peregrino, o LDNF serve para atividades práticas, orientação de projetos de pesquisa de estudantes de Farmácia da UFF e de outras instituições parceiras, unindo teoria à prática. Também desenvolve novas propostas relacionadas a inovações tecnológicas para a formulação de medicamentos já existentes nos laboratórios públicos e privados do país. "Desta forma, buscamos otimizar processos que diminuam os custos dos remédios oferecidos à população, fabricados em laboratórios públicos", explica.
Apesar de pouco tempo de existência, o novo espaço já vem apresentando
resultados. Segundo o coordenador do LDNF, há vários projetos em andamento.
"Estamos realizando estudos para o processamento de um fitoterápico nacional
à base deUncaria tomentosa, a
popular unha-de-gato, planta de eficaz ação antiinflamatória e analgésica, que
pode ser empregada no tratamento de artite e artrose. A Uncaria tomentosa também vem sendo estudada por pesquisadores da Fiocruz
para o tratamento da dengue.
Nessa mesma linha, há outro trabalho
para elaboração de um comprimido à base
de Maytenus ilicifolia,planta conhecida
como espinheira santa, com ação
antiúlcera comprovada farmacologicamente", complementa.
O coordenador do LDNF ressalta a importância de outras parcerias para a divulgação de novos conhecimentos, como o convênio feito com o Departamento de Tecnologia Farmacêutica da UFF para aulas práticas no curso de pós-graduação latu senso de sua Faculdade de Farmácia, que está sendo realizado com técnicos da Anvisa. "Também fomos o local escolhido para o X Curso Internacional de Tecnologia Fitofarmacêutica, em 2014, em que pesquisadores do Mercosul e da península ibérica discutirão tecnologias relacionadas à produção de fitoterápicos", acrescenta.
O coordenador do LDNF ressalta a importância de outras parcerias para a divulgação de novos conhecimentos, como o convênio feito com o Departamento de Tecnologia Farmacêutica da UFF para aulas práticas no curso de pós-graduação latu senso de sua Faculdade de Farmácia, que está sendo realizado com técnicos da Anvisa. "Também fomos o local escolhido para o X Curso Internacional de Tecnologia Fitofarmacêutica, em 2014, em que pesquisadores do Mercosul e da península ibérica discutirão tecnologias relacionadas à produção de fitoterápicos", acrescenta.
Durante muito tempo, o Lura abasteceu a produção de medicamentos
utilizados pelo Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), da UFF. Com o
passar do tempo, no entanto, o laboratório gradativamente foi
deixando de exercer essas funções, passando a ser usado somente na área de
controle de qualidade de medicamentos. "A orientação de pesquisas dos
nossos alunos passou a ser feita através de parcerias firmadas pela equipe com
outros laboratórios do estado", explica Freitas.
Ao assumir a direção do Lura, há aproximadamente um ano e
meio, Freitas sugeriu um projeto de revitalização para o
laboratório. “Era necessário integrá-lo com outras instituições que têm o
mesmo interesse de ensino, pesquisa e extensão", afirma Freitas. Pelo
que a equipe concluiu, seria melhor adquirir novos
equipamentos e criar um novo laboratório – o LDNF – no Parque Tecnológico da
Vida, dentro do Instituto Vital Brazil (IVB). "Com os recursos da
FAPERJ, reformamos e compramos equipamentos, como as rotativas para
fabricação de comprimidos, drageadores, granuladores e aparelhos spray-dryer, importantes para o desenvolvimento de processos
de secagem de vários produtos, sem que ocorra degradação de insumos
farmacêuticos", explica.
Enquanto
Freitas continuou na direção do Lura, o novo espaço, o LDNF, passou a
ser coordenado por Carlos Peregrino. "Nele, além dos projetos já listados,
temos ainda pelo menos mais quatro, que começaremos a desenvolver em
breve", completa. Tanto Freitas quanto Peregrino se mostram bastante
satisfeitos com os resultados obtidos em tão pouco tempo. "Agora esperamos
consolidar o espaço e buscar novos recursos para, no futuro, transformá-lo num
dos laboratórios públicosde pré-desenvolvimento e pesquisa relacionados à
tecnologia far
Fonte:
Vinicius Zepeda, FAPERJ