Viver em Pequim é pior do que passar a vida dentro de um fumódromo. Essa é a conclusão de quem olha a análise de qualidade do ar na capital chinesa. O levantamento é feito a partir de dados gerados pela embaixada americana na cidade – já que os dados oficiais chineses são inconfiáveis.
A tabela mostra a concentração de partículas de sujeira no ar ao longo do mês de janeiro deste ano. A linha vermelha mostra a variação da concentração desses elementos em suspensão, que cusam doenças no coração e nos pulmões. A média diária ficou em 194 microgramas de partículas por metro cúbico. Com um pico de 886 microgramas em 12 de janeiro. Para se ter uma ideia, 166 microgramas é a concentração de material particulado nos fumódromos dos aeroportos dos EUA – essa média está indicada pela linha azul.
A linha branca mostra os níveis de poluição considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde. A linha verde é o pico de poluição registrada na cidade de Fairbanks, no Alasca, no meio de um incêndio florestal.
A comparação não é inteiramente justa porque o material particulado no ar de Pequim, da queima de carvão em termelétricas ou de combustível nos automóveis, não é de natureza tão tóxica quanto a fumaça de cigarro. Mesmo assim, segundo um estudo do Banco Mundial, em 2007 a poluição do ar nas ruas da China eram responsáveis pela morte prematura de 350 mil a 400 mil pessoas. Desde então é possível que a poluição tenha aumentado mais, já que a China passou a queimar 40% mais carvão, a principal fonte de sujeira no ar.
Fonte: Blog do Planeta