As principais causas de acidentes com aquecedores a gás em banheiros residenciais são, segundo a Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG), a falta de ventilação e a falta de manutenção. Segundo a CEG, cabe ao cliente a responsabilidade pela manutenção e conservação das instalações internas e pelos equipamentos a gás, como fogão e aquecedores a gás dentro de suas residências. Tais responsabilidades legais são semelhantes às previstas na legislação aplicável a outros serviços públicos, como, por exemplo, eletricidade.
Como o assunto envolve conhecimentos técnicos, nem sempre o morador está devidamente informado dos riscos que pode estar correndo dentro do seu próprio apartamento. Para evita-los é aconselhado promover uma inspeção nos equipamentos a gás existentes e nas condições de ventilação dos ambientes em que estão alojados.
A melhor ação, neste caso, é preventiva, no sentido de se verificar se todos os equipamentos a gás, em especial os aquecedores de água dos apartamentos, seguem certas condições de segurança ligadas à correta instalação e operação, atendendo a requisitos determinados nos manuais de instalação dos respectivos fabricantes. Todos esses requisitos estão reunidos em norma técnica da ABNT, a NBR 13103 (2006) “Adequação de ambientes residenciais para utilização de aparelhos que utilizam gás combustível”, cuja linguagem pode não estar acessível à maioria das pessoas sem formação técnica. A vistoria dos aparelhos a gás deve ser realizada de 2 em 2 anos. E os ambientes onde estão instalados os equipamentos devem ter ventilação permanente. De acordo com a CEG, existem algumas orientações que devem ser seguidas rigorosamente pelo usuário de aparelhos com aquecimento a gás nos banheiros:
Ventilação em portas e basculantes
Para a segurança, cozinhas, áreas de serviços e banheiros com aparelhos a gás devem ter área de ventilação permanente com as seguintes características:
- janela ou basculante com abertura fixa, com mínimo de 600 cm² de área livre;
- porta: na parte inferior, veneziana, treliça ou corte de 3 cm de altura, com no mínimo 200 cm² de área livre.
Chaminés
- o duto (chaminé) de saída é fundamental para o bom funcionamento de aquecedores em geral;
- o aquecedor deve ter chaminé com o terminal "T", perfeitamente encaixada, ajustada e desobstruída, que desemboque em área exterior ao imóvel;
- a altura mínima da parte vertical da chaminé deverá ser de 35 cm.
Conexões dos equipamentos
- os aparelhos que você pode movimentar (fogões, fornos, secadoras) deverão estar conectados à instalação por meio de tubo flexível metálico próprio para gás;
- é indispensável a existência de registro na extremidade rígida da instalação de cada aparelho.
Para o bom funcionamento de fogões, fornos e aquecedores:
- os queimadores devem estar sempre limpos;
- a chama deve ser estável e regular, apresentando coloração azulada. Chama instável e amarelada indica que os queimadores estão desregulados;
- os registros dos aparelhos e suas conexões devem estar sempre em perfeito estado;
- os aparelhos a gás devem ser revisados periodicamente.
Lembre-se:
- evite a instalação do aquecedor no interior do box;
- ao usar seu fogão, evite o transbordamento de líquidos sobre os queima dores;
- evite deixar os pilotos dos aquecedores abertos se não estiver usando os equipamentos;
- em caso de ausência prolongada, feche os registros dos aparelhos.
O que fazer em caso de cheiro de gás:
- não ligue nem desligue interruptores nem aparelhos elétricos;
- não acenda isqueiros, não risque fósforos e não fume;
- feche os registros de todos os aparelhos;
- abra portas e janelas para que o ambiente fique bem ventilado;
- ligue para emergência da CEG - 08000-240197;
- não abra os registros até ter sido detectado e sanado o vazamento.
A maior parte dos acidentes a gás está relacionado a:
- modificações arquitetônicas ou decorativas realizadas pelos consumidores ao longo do tempo, após o habite-se;
- erros de instalação dos aparelhos a gás, cometidos por instaladores não qualificados, após a colocação em serviço;
- modificações nas características iniciais de projeto dos aparelhos, realizadas por "técnicos" não qualificados;
- instalação de aparelhos com potência incompatível com o ambiente ou com a instalação;
- falta de manutenção em aparelhos e instalações;
- falta de conscientização dos consumidores com relação à segurança.
Fonte: G1