Imagem em rosa mostra área original do Ártico. Em branco, a quantidade de gelo mínima que foi detectada em 16 de setembro deste ano -- recorde negativo histórico (Foto: Divulgação/NSIDC) |
Segundo o NSIDC, em 16 de setembro o território congelado do Ártico era de 3,41 milhões de km², número que é muito menor ao último recorde negativo registrado em 2007, quando restaram apenas 4,17 milhões km² (houve perda de 760 mil km² a mais que naquele ano).
Além disso, o NSIDC afirma que o índice pode ser o menor de 2012. O instituto é ligado à agência espacial americana, a Nasa.
No geral, houve uma perda de 11,8 milhões de km² desde 20 de março deste ano – considerada pelos cientistas a maior perda de gelo durante um verão detectada por satélites.
É como se em pouco mais de um semestre, o Ártico perdesse uma área maior que o Brasil ou sete vezes maior que o estado do Amazonas. Ainda de acordo com o NSIDC, a área de gelo mínima detectada neste ano é 49% menor que a média detectada entre os anos de 1979 e 2000. Entretanto, o Centro Nacional afirma que o Ártico deve recuperar a área congelada com a chegada do outuno e durante o inverno.
No dia 26 de agosto, a Nasa havia registrado recorde no derretimento da camada de gelo que cobre o Oceano Ártico. Tratava-se do maior degelo anunciado desde o início do monitoramento via satélite da região, iniciado em 1979. Há 20 dias, a camada de gelo havia chegado a 4,1 milhões de km², 70 mil km² a menos do que a medição em 2007, quando a extensão do gelo na região era de 4,17 milhões de quilômetros quadrados
Imagem divulgada pela ONG Greenpeace nesta quarta-feira mostra a formação de um coração com bandeiras de 193 países-membros da Organização das Nações Unidas, como forma de chamar a atenção do mundo para os problemas da região do Ártico.
A intenção dos ativistas é alertar para que providências urgentes sejam tomadas em relação à região, de preferência durante a Assembleia Geral da ONU, que vai acontecer em Nova York nos próximos dias, na sede das Nações Unidas.
O derretimento do gelo do Ártico tem acelerado a corrida em torno da exploração de recursos naturais na região. Caso as linhas marítimas, atualmente inacessíveis no topo do mundo, se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global, e talvez a geopolítica, para sempre.
Fonte: G1