De acordo com o Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), triplicou o número de mortos em acidentes em obras em 2013 em comparação com 2012, na capital. Até agora, 21 pessoas morreram, contra sete em 2012 inteiro. Apesar de os dados serem da capital, segundo o Sintracon os números refletem uma tendência que chega à Grande SP.A quantidade de sequelados também teve crescimento, passando de 336 em 2012 para 402 neste ano.
Para o presidente do Sintracon, Antonio de Sousa Ramalho, a suposta pressa imposta pelas construtoras e incorporadoras na conclusão da obra é o principal motivo do aumento das mortes. "Mudou a maneira como o trabalhador da construção civil recebe. Antes, ele ganhava por hora. Agora, é por produção", disse.
Segundo ele, desde sempre a construção civil remunera de acordo com a produtividade e, se comparado com o início dos anos 2000 e outras décadas, os acidentes estão em queda.
"Dobramos a quantidade de trabalhadores nos últimos seis anos. Proporcionalmente, há redução drástica nos acidentes. Investimos pesado em segurança. Neste ano foi atípico. Houve um caso onde morreram dez de uma só vez", afirmou, referindo-se ao desabamento de um prédio em construção em São Mateus, Zona Leste.
(Diário de São Paulo)