As obras para a realização da Copa do Mundo fizeram mais uma vítima. O
operário Mohammed Ali Maciel, de 32 anos, sofreu uma descarga elétrica
durante a construção da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). A um mês da
realização do evento, nove pessoas já morreram em acidentes nos
estádios.
As quedas vitimaram quatro trabalhadores, o que
demonstra a implementação inadequada das medidas previstas na NR 35.
Falhas na operação de guindastes ocasionaram a morte de outras três
pessoas, atestando a importância da inserção do plano de cargas,
previsto na Norma Regulamentadora 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e
Equipamentos), nas obras.
A diretora de divulgação da ANAMT, Drª
Marcia Bandini, ressalta outros fatores que agravam as condições de
trabalhos nos estádios, como pressa, jornadas de trabalho extensas, além
de treinamento e supervisão inadequados. “O trabalho deve ser
executado e planejado em condições seguras e tempo hábil. Senão,
continuaremos a ter mortes como consequência da pressa. O improviso nas
construções precisa acabar”, ponderou Dra. Márcia.
Leia abaixo a notícia veiculada no site da Revista Veja sobre o nono operário vítima de acidente de trabalho em obras da Copa:
Operário morre eletrocutado na Arena Pantanal
O
operário Mohammed Ali Maciel, de 32 anos, morreu nesta quinta-feira
após sofrer uma descarga elétrica durante a construção da Arena
Pantanal, em Cuiabá, um dos estádios da Copa do Mundo. O choque provocou
uma parada cardíaca em Maciel, que chegou a receber atendimento de duas
equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu
no local. Ele era funcionário de uma empresa terceirizada, contratada
pelo consórcio responsável pela obra. A secretaria local para a Copa vai
promover uma entrevista ainda nesta quinta à tarde para esclarecer o
acidente.
Está é a nona morte de operários nas obras dos
estádios da Copa do Mundo. Foram quatro mortes na Arena da Amazônia
(Manaus), três no Itaquerão (São Paulo) e uma no Estádio Mané Garrincha
(Brasília).
(ANAMT)