Não tem jeito. Os alérgicos já sentem o problema de longe. É só o meio do ano se aproximar para as crises voltarem a ser frequentes. O tempo seco e mais frio desta época são os principais gatilhos da doença. Apesar de não poder ser evitado, é possível tomar medidas para controlar o problema.
— Nesta época, os alérgicos sempre vão acabar sentindo mais. O que eles podem fazer é controlar os fatores externos — explica a alergologista do Hospital Balbino, Izilda Bacil.
O estudante Lucas Lobo, de 18 anos, já conhece bem o momento em que as crises chegam e todas as medidas para evitá-las. Mesmo assim, o outono e o inverno continuam sendo vilões.
— Não tenho tapetes e cortinas. Travesseiros e edredons são antialérgicos, mas, quando o tempo vai mudar, uns dias antes já estou sentindo os sintomas — contou.
A piora nos quadros clínicos acontecem por uma série de fatores encadeados. A baixa na umidade inflama a mucosa respiratória, que fica mais sensível. O ar seco também piora a situação de quem tem alergias na pele, que, seca, fica mais suscetível a problemas. Além disso, o clima ameno colabora com a propagação da imunoglobulina E (IGE), o anticorpo que controla estes fatores.
— As pessoas também costumam ficar mais tempo em locais fechados e, com isso, têm mais contatos com vírus e fungos que inflamam — disse a especialista.
Além de controlar os fatores externos, uma opção para minimizar os efeitos deste problema é controlá-lo, antes mesmo da chegada do período crítico.
— Quem começou a tratar antes, nesta época estará bem melhor. O remédio pode curar a crise, o tratamento com a vacina trata direto a causa — disse Izilda, lembrando que a consulta sempre é essencial.
(Extra)