Cerca de três em cada quatro paulistas apresentam pelo menos três fatores de risco cardiovascular. O dado é do primeiro Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular, promovido pela Secretaria Estadual da Saúde e pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Entre os fatores de risco cardiovascular considerados pelo levantamento estavam tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, sedentarismo e estresse. Para fazer a avaliação foram coletadas medidas de circunferência abdominal, pressão arterial, peso e altura.
Também foi perguntado aos participantes sobre hábitos alimentares, atividades físicas, se costumam passar frequentemente por situações de estresse e ainda se costumam dedicar algum tempo para oração ou meditação.
O mutirão foi realizado nas cidades de São Paulo e Campinas com a participação de 97.502 pessoas, tendo sido o mais amplo do tipo no país. O levantamento ainda apontou que 26,7% da população tem risco moderado de desenvolver doenças cardiovasculares e somente 39,5% têm baixo risco para isso. Os riscos avaliados podem levar a ocorrências como infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
Os homens estão em situação mais preocupante. Segundo a pesquisa, 42,84% têm alto risco, 29,11% risco moderado e apenas 33,24% baixo risco. Entre as mulheres, o alto risco foi identificado em 29,11%, enquanto que 28,23% apresentaram risco moderado e 42,66% baixo. O mutirão atendeu 64.587 mulheres e 32.915 homens.
Segundo o coordenador do Mutirão e diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da Socesp, Álvaro Avezum, os números surpreenderam. “É necessário mudar hábitos de vida, realizar exames com regularidade e aderir ao tratamento, para quem se enquadra nessa situação (de alto risco)”, disse.
Para Avezum, é preciso que a população tenha consciência da importância de reverter as estatísticas que colocam o Brasil como um dos países com as mais elevadas incidências de doenças cardiovasculares.
A primeira edição do Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular de São Paulo foi realizada em junho e julho de 2009 com 32.915 homens e 64.587 mulheres que passaram pelas unidades básicas de saúde, hospitais e postos de saúde nas duas cidades.
Fonte: Agência FAPESP
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