quarta-feira, 27 de março de 2013

Sintomas de tuberculose devem ser tratados o mais rápido possível

Desde 2003, o Ministério da Saúde elegeu a tuberculose como um dos problemas prioritários a ser combatidos pela saúde pública. Inclusive, ela faz parte das metas do milênio, com o objetivo de, até 2015, erradicar os óbitos causados pela doença. Entre as ações para eliminar a tuberculose do país está à ampliação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), tanto em questões de orçamento quanto na mobilização da sociedade, informando as pessoas sobre os sintomas e tratamentos da enfermidade.

Em 2011, os resultado dos esforços começou a aparecer. O número de casos de tuberculose caiu 3,54%: foram 71.790 (2010) contra 69.245 (2011). No período de 10 anos, a taxa de incidência da doença caiu 15,9% e a de mortalidade teve redução ainda maior: 23,4%. Os investimentos do Governo Federal em ações de controle da doença aumentaram 14 vezes nos últimos nove anos. Em 2002, os recursos destinados ao programa foram de US$ 5,2 milhões, aumentando para US$ 74 milhões em 2011.

Neste 24 de março, data em que foi celebrada o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, o Ministério da Saúdereforça a campanha. Então fique ligado: tosse por mais de três semanas – acompanhada ou não de febre no final do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso ou dor no peito, são indícios de que você pode estar com tuberculose. Então, procure o mais rápido possível à unidade de saúde mais próxima, para começar o tratamento.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a prevenção e o tratamento para a doença. Durante o período de vacinação a BCG serve para imunizar as crianças. O tratamento para as pessoas que possuem a tuberculose é feito à base de antibióticos 100% eficaz. Durante os dez primeiros dias de tratamento, os sintomas da doença são minimizados, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, e em alguns casos o paciente acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados.

A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa, ao respirar, tossir ou falar. O doente com tuberculose nos pulmões espalha no ar as bactérias que podem ser aspiradas por outras pessoas. Para evitar a contaminação de outras pessoas o doente deve evitar ambientes fechados e mal ventilados, que favorecem a transmissão da doença.

Histórico – Segundo algumas evidências, a tuberculose existe desde os tempos pré-históricos. Foram encontrados esqueletos de múmias do antigo Egito (3000 a.C.) e, mais recentemente, uma múmia pré-colombiana no Peru com sinais da doença. Várias tentativas de tratamento foram feitas, desde a ingestão de preparados exóticos até a utilização de sangrias e a indução de vômitos. Alguns pacientes eram proibidos até mesmo de falar ou rir e ficavam deitados sem poder se movimentar.

Em 1882, o famoso bacteriologista alemão Robert Koch identificou o agente causador da enfermidade, a bactéria Mycobacterium tuberculosis, também chamada de Bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor. Em 1908, os cientistas Albert Calmette e Camille Guérin conseguiram isolar uma cepa do bacilo da tuberculose para produzir culturas vivas atenuadas a serem usadas como vacina. A cepa recebeu o nome de Bacilo Calmette-Guérin, de onde surgiu o nome “BCG”. Foi aplicada pela primeira vez em crianças em 1921.

No Brasil e em outros 21 países em desenvolvimento, a tuberculose é um importante problema de saúde pública. Nesses países encontram-se 80% dos casos mundiais da doença. Segundo estimativas, cerca de um terço da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, com o risco de desenvolver a enfermidade.

Vale ressaltar que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis possuem apenas caráter educativo.

Fonte: Ilana Paiva / Blog da Saúde