quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Petróleo está longe de se esgotar, admitem cientistas

Procure em qualquer livro-texto sobre o assunto, editado nos últimos 40 anos, e você encontrará referências ao famoso "pico da produção de petróleo". A chamada "Teoria do Pico do Petróleo" parte do princípio de que, sendo um recurso não-renovável, sua exploração contínua chegaria a um valor máximo, quando então as reservas começariam a se esgotar e a produção começaria a diminuir. Gráficos e previsões foram feitos à exaustão, afirmando que o começo do fim da era do petróleo estava para chegar a qualquer momento - todos falharam.

Nas últimas décadas, vários pesquisadores começaram a duvidar da teoria - afinal, uma teoria precisa produzir previsões verificáveis e corretas, o que não tem sido o caso do pico do petróleo. Por irem contra a corrente, esses pesquisadores foram mantidos à margem da academia, considerados verdadeiros hereges - algo como um físico que duvide do Big Bang ou um ambientalista que duvide do aquecimento global.

Agora, os dados começaram a incomodar muito, e a teoria do começo do fim do petróleo parece ter chegado ao começo do seu próprio fim. Pesquisadores das universidades de Stanford e Santa Cruz, ambas nos Estados Unidos, afirmam que a teoria está vindo abaixo porque se rompeu a histórica conexão entre crescimento econômico e uso de petróleo.

Os argumentos listados por eles incluem mudanças no padrão de consumo dos países ricos, maior eficiência dos equipamentos que consomem derivados de petróleo, combustíveis alternativos e aumento da urbanização. Argumentos estranhos ante a explosão de vendas de automóveis em países como China, Brasil e Índia, além de vários outros em desenvolvimento, e o aumento da população mundial desde o início da exploração do petróleo.

Ou seja, os pesquisadores não dizem que a teoria estava errada, eles argumentam que ela deixou de ser válida - sem ter feito nenhuma previsão correta.

Fonte: Inovação Tecnológica