sábado, 13 de dezembro de 2014

'Está sendo muito difícil', diz mãe de menina morta por escorpião na BA


Olhar para as fotografias da pequena Gilse da Silva Barreto, de 7 anos, que morreu no último domingo (7), após ser picada por um escorpião no município de Eunápolis, no sul da Bahia, tem sido tarefa dificil para a mãe da criança, que ainda custa a acreditar no que aconteceu. Dois dias após o sepultamento da menina, a dona de casa Leiliane Custino da Silva começou a queimar parte dos pertecences da filha, na tentativa de apagar as lembranças e amenizar o sofrimento.

Sobre o constante aparecimento de escorpiões na região onde Leiliane mora, ela afirma que vários insetos constumavam ser vistos em sua casa, e a filha de sete anos, segundo ela, já matou vários na residência. Conforme a mãe, foi a primeira vez que a menina foi picada. "Ela nao tinha medo, porque matava direto quando apareciam no banheiro, na cozinha e na sala. Eu ficava preocupada com eles, mas eu nunca pude imaginar que isso pudesse acontecer", diz.

Segundo a mãe da menina, os escorpiões que invadiam a sua residência vinham de um terreno baldio cheio de entulho, que fica próximo à sua residência. "Hoje, a prefeitura mandou um trator para limpar a área aqui. Durante o trabalho, eles encontraram sete escorpiões. A gente ficava com medo, mas agora, com a limpeza, estamos mais tranquilos", conta.

Gilse da Silva Barreto foi picada por um escorpião no último domingo (7), ao abrir o guarda-roupa. Ela foi levada para o Hospital Regional de Eunápolis, mas não resistiu. O sepultamento aconteceu na segunda-feira (8).

“Ela foi pegar a roupa da escola no guarda-roupa, para eu lavar. Quando abriu, o escorpião subiu no braço dela e picou. Depois, subiu mais e picou de novo. Na hora ela gritou de dor, a gente colocou ela no carro e levou para o hospital. Estava vomitando muito, sangrando e sentindo dor. Chegando lá, o médico tentou salvar, mas não teve jeito”. Leilane conta que matou o escorpião que picou a garota. De a cordo com a médica Carli Ventura, que trabalha no Centro de Informações Antiveneno (Ciave) do Hospital Roberto Santos, em Salvador, a picada de um escorpião, de qualquer espécie, é sempre dolorosa. Carli destaca que o quadro da picada do escorpião é de congestão cardíaca, e precisa de atuação imediata, especialmente em crianças abaixo dos 7 anos e idosos. Ela acrescenta que o quadro se instala em no máximo 6 horas e, por isso, o socorro rápido é importante.



(G1)