O transplante funcionaria da seguinte forma: uma pessoa com doença degenerativa ou algum tipo de paralisia teria a cabeça implantada em outra que tivesse morte cerebral. Segundo a BBC, Canavero está ciente da polêmica que isso poderia causar e acredita ter dificuldades em conseguir autorização para a técnica nos Estados Unidos. "Se a sociedade não quiser isso, eu não vou fazer. Mas se as pessoas não quiserem nos Estados Unidos ou na Europa, não significa que não será feito em outro lugar. Estou tentando fazer da forma correta. Antes de você ir à lua, tem que ter certeza que as pessoas o seguirão", disse à NewScience.
Neste mês, Canavero publicou técnicas que tornariam o transplante possível, como resfriar a cabeça do receptor e o corpo do doado para evitar que células morra, cortar os tecidos do pescoço e conectar veias e artérias. Após o transplante, o paciente ficaria em coma por algumas semanas e falaria com a mesma voz que tinha antes. Mas, para andar, seria necessário pelo menos um ano de fisioterapia.
Outros cientistas ouvidos pela revista NewScience considera impossível a viabilidade da técnica.
(A Tarde)