quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ministério da Saúde lança campanha contra a Aids

Com o verão chegam as férias e o período se transforma em uma grande festa. As pessoas saem mais, bebem mais, ficam mais alegres e receptivas para conhecer outras pessoas, freqüentando um número maior de locais do que em outras épocas do ano. É importante intensificar a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis, Hepatite B e ao vírus HIV (Aids).


Uma realidade cada vez mais forte entre os jovens brasileiros: eles gostam muito de beijar. Que beijar é bom, ninguém discute. O beijo traz benefícios que se refletem no emocional e também na condição física da pessoa que está praticando. Mas é preciso ficar alerta para uma diversão descompromissada dos foliões, bastante freqüente nos blocos carnavalescos e micaretas, do beijo em série,onde a pessoa procura beijar na boca de um maior número de pessoas possível. Uma das doenças que pode ser transmitida pelo beijo é a Mononucleose, muito comum, mas pouco conhecida, sendo denominada “A Doença do Beijo”. Causada pelo vírus Epstein-Barr e transmitida pela saliva humana, a chamada "doença do beijo" caracteriza-se por febre, dor de garganta e inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço. Às vezes é confundida com gripe. Uma vez infectada, porém, a pessoa cria imunidade à doença. As maiores vítimas são adolescentes e jovens de 15 a 20 anos.

Como o verão é a estação mais quente do ano, que faz com que as pessoas fiquem com a pele úmida por mais tempo. Esse excesso de umidade favorece o aparecimento de doenças com a candidíase, pois as pessoas costumam ir à praia e piscina e não tiram o maiô, biquíni ou sunga molhados depois que voltam para casa. Isso facilita a proliferação de fungos, como o causador dessa doença, que se caracteriza pela formação de pequenos pontos vermelhos e coceira nos órgãos genitais. As inflamações nas áreas genitais, como a vulvovaginite, muitas vezes motivadas pelo uso prolongado de roupa molhada, como biquíni, nesta época, são portas abertas para as DSTs.

Apesar de não haver pesquisas que comprovem o fato, os médicos afirmam que a quantidade de pacientes com queixas de DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis cresce muito logo depois das festas de final de ano e Carnaval. Entre as DSTS mais prevalentes, estão gonorreia, clamídia, tricomoníase, SÍFILIS, HPV, herpes genital, hepatite e Aids. É bom lembrar que as DSTS nem sempre apresentam sintomas em um primeiro momento. Por isso, um portador pode disseminar sua infecção entre os parceiros ou parceiras sem nem saber que está infectado.

Ao notar qualquer lesão na região genital ou sintomas, como feridas, bolhas, verrugas, inchaço, secreção, mau cheiro, ardência ou coceira, dor pélvica ou mesmo dor no ato sexual, é importante parar de ter relação sexual, procurar o serviço de saúde e informar ao parceiro ou a parceira para que o faça também. Os homens podem apresentar corrimento uretral matinal e dor no ato de urinar.
Essas infecções podem evoluir cronicamente para obstrução das trompas na mulher ou dos canais deferentes no homem, causando infertilidade. DSTs contraídas na gravidez podem causar problemas no feto ou no recém-nascido, podendo ser causa até de aborto espontâneo.

Já com relação a Aids, o vírus denominado HIV, pode destruir as defesas do organismo, favorecendo ao surgimento das chamadas Doenças Oportunistas ( tuberculose, pneumonia, “sapinho na boca”, algumas formas de câncer). Os sintomas, quando se manifestam, no período médio de 5 a 10 anos, podem ser encontrados em outras doenças: perda de peso, febre , tosse e diarréia persistentes, monilíase oral(sapinho na boca), etc. Embora ainda não tenha cura, a Aids tem tratamento e quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a qualidade de vida das pessoas.É importante lembrar que o HIV não é transmitido apenas pela relação sexual sem preservativo. Pode ser transmitido através do compartilhamento de agulhas e seringas ( usuários de drogas injetáveis), da mãe infectada para o filho (na gravidez, parto ou aleitamento) e na recepção de sangue não testado.

O verão, para muitos, normalmente está associado a férias. E as férias, costumam causar um efeito de liberdade total nas atitudes, como um estímulo ao descompromisso. É um período em que as pessoas se sentem liberadas. Um tipo de relacionamento citado não apenas por adolescentes, bastante freqüente, principalmente em festas e shows, é o “ficar” que, para alguns, é apenas uma fase de conhecimento sem compromisso ou um namoro curto, cujo grau de intimidade chega apenas a beijos e abraços, mas para outros, é um relacionamento sem compromisso que, a depender do momento, do casal e do local, pode chegar à relação sexual, mesmo sem terem se conhecido antes. Neste momento do envolvimento, muitas pessoas acham que nada de prejudicial acontece com elas e sim com os outros e não se preocupam com a camisinha. Entre a responsabilidade e o impulso, às vezes leva vantagem o argumento de que a camisinha atrapalha. Não pensam que, em uma única relação sexual ocasional ou não, sem a camisinha, pode resultar, como conseqüência, uma gravidez não planejada e/ou uma Doença Sexualmente Transmissível.

Maior consumo de bebida alcoólica favorecendo ao não uso da camisinha nas relações sexuais, corpos bronzeados, pessoas vestindo menos roupas, como shorts, tops, decotes, biquínis, sem falar da "pressão" antes mesmo da chegada da alta estação, para que o corpo seja preparado para estar em forma para o verão. Tudo isso pode contribuir para uma mudança de comportamento e para o afloramento do desejo sexual, exigindo um certo cuidado para que não se incorra em situações de risco com relação à saúde sexual. É importante curtir as alegrias do verão, sem esquecer de usar a camisinha, a forma mais segura de se prevenir das Doenças Sexualmente Transmissíveis, e até da infecção pelo HIV(o vírus da Aids) e Hepatite B.

O uso correto e consistente da camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais eventuais ou não, é fundamental. É importante não abrir o envelope da camisinha com os dentes ou com instrumentos cortantes. Também a pessoa não deve usar duas camisinhas ao mesmo tempo e quando for colocar no pênis, não esquecer de apertar a ponta da camisinha para sair o ar e evitar estourar. Não faça balão da camisinha. Transforme a camisinha na sua grande companheira no verão e nas demais estações do ano!


Fonte: G1