Nos últimos anos aumentaram cada vez mais os casos de linfomas, principalmente em pessoas com mais de 60 anos, porém a população jovem não está livre desta doença. Um caso que ficou muito conhecido e que comoveu diversas pessoas é o ator Reynaldo Gianecchini, que descobriu estar com linfoma de células T não-Hodkins. O linfoma não-Hodgkin é um câncer que atinge o sistema linfático, que é responsável por produzir e armazenar linfócitos, sendo que as células T presentes protegem o organismo contra vírus, fungos e algumas bactérias.
Na maioria dos casos o linfoma é tratado com quimioterapia, radioterapia ou ambos. Entretanto, o que muita gente não sabe é que o transplante de células-tronco hematopoéticas é uma opção extremante eficaz para tratar a doença. Este tipo de célula é encontrado no sangue do cordão umbilical e placentário (SCUP) e, por não ter sofrido a ação de fatores externos como o estresse, o tempo, o uso de medicamentos, etc., tem uma ótima eficácia no tratamento de linfoma e de várias outras moléstias hematológicas.
Devido a esta importante utilidade na medicina é de suma importância que seja incentivada a coleta e armazenamento de células do SCUP. Além de serem fáceis de coletar, não causam rejeição, é indolor e também não ferem os princípios éticos e religiosos. “As células-tronco do cordão umbilical e placentário são muito importantes para o tratamento do câncer de linfoma e de muitas outras doenças, por isso não devem ser descartadas. Mesmo que uma família não tenha condições financeiras de armazenar as células em um banco privado ela pode doar para um banco público”, afirma a Dra. Adriana Homem, responsável técnica do Banco do cordão umbilical (BCU Brasil).
Outra vantagem do armazenamento das células-tronco do cordão umbilical é o fato de elas poderem ficar guardadas por tempo indeterminado, ou seja, por toda a vida, o que garante mais uma esperança de vida para quem decide por esta opção. Além disso, as constantes pesquisas em andamento com este tipo de célula já têm apresentado resultados positivos no tratamento de mais de 200 doenças, o que a torna, atualmente, como o que há de mais avançado na medicina regenerativa.
Fonte: Primeira Hora