quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Condomínios cariocas não se protegem da queda de raios

Você sabe há quanto tempo seu condomínio não manda fazer manutenção do para-raios? Aliás, você sabia que, por lei, no Estado do Rio todo edifício com mais de 30 metros de altura, ou seja, com cerca de oito andares, é obrigado a ter o equipamento? Em São Paulo, a obrigatoriedade vale para qualquer prédio que tenha mais de um andar. Mas, legislação à parte, a recomendação geral é que toda edificação procure um técnico ou uma empresa especializada para avaliar a necessidade de instalação do equipamento.

Segundo especialistas, cerca de 30% dos condomínios cariocas que estão no padrão obrigatório não dispõem de para-raios, sendo que 70% dos síndicos desconhecem a importância da manutenção. São dados que chamam a atenção se levarmos em conta que o Brasil é o país que tem a maior incidência de raios no mundo. E, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2000 a 2010, é justamente a Região Sudeste a mais atingida por eles.

Especialista de uma empresa de para-raios e técnico de combate a incêndio, Antonio Amaro destaca que não há uma cultura de prevenção:
- Infelizmente, muitos condomínios só se preocupam em fazer revisão do sistema depois de algum incidente ou no verão. Ainda existe o mito de que o para-raios de um prédio protege o edifício vizinho, o que não é verdade.

Além do para-raios, cuja manutenção anual prevista pela ABNT é de responsabilidade do síndico ou administradora, alguns cuidados também devem ser tomados dentro de casa. Segundo Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe e o maior especialista em raios do país, cerca de 15% das mortes causadas por raios acontecem dentro das residências:
- Em geral, durante uma tempestade, recomenda-se ficar em casa. Mas a casa não é totalmente segura. É preciso tomar cuidados como fechar as janelas, ficar longe de objetos metálicos, não tomar banho de chuveiro elétrico e desligar aparelhos das tomadas.


Fonte: O Globo
Saiba mais: Apostila de Aterramento , NBR 5419