terça-feira, 2 de dezembro de 2014

HPV: desmistificando efeitos colaterais

Para a ginecologista Leila Soares, responsável pelo ambulatório do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e professora da Uerj, apesar de alguns responsáveis terem receio de dar a vacina para as filhas por medo das reações ou por incentivar um início precoce da vida sexual, uma boa conversa com os pais, explicando os reais efeitos da vacina e fazendo-as entender que a imunização não incentiva a atividade sexual, só ajuda a prevenir uma possível doença.

“Esperamos uma queda de até 60% da doença com a aplicação da vacina. A medicação é aplicada cedo porque nessa idade as crianças produzem mais nível de anticorpos, além de a probabilidade de terem iniciado a vida sexual é bem menor. Por isso, a partir do ano que vem, será reduzida ainda mais a faixa etária, ou seja, meninas com idade entre 9 e 11 anos também poderão ser vacinadas”, argumentou Leila reiterando ainda a importância de tomar as três doses, a segunda seis meses depois da primeira e a terceira cinco anos depois.

Ainda de acordo com a médica, a vacinação é realizada no mundo inteiro e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, “a vacinação é uma ferramenta de prevenção, não substitui o rastreamento do câncer feito por meio do exame preventivo. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, é importante usar o preservativo”, esclarece a especialista.





(G1)